quarta-feira, 30 de abril de 2008

JUÍZO E ANALOGIA EM IMMANUEL KANT



VÍDEO PRODUZIDO PELO GRUPO DO 3º PERÍODO DE FILOSOFIA DA PUCPR, DEVIR PRODUÇÕES. CURITIBA 2008.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Fora de controle*

O homem é constantemente rodeado por seus desejos e vontades. Muitos pensadores, durante toda a história da filosofia, teorizaram sobre esses sentimentos. No filme O porteiro da noite pode-se perceber como um ser humano movido pelas paixões é capaz de suportar a tudo ao extremo. Segundo Sigmund Freud, a personalidade se divide em três estados: o id, o ego e o superego. O primeiro é da permissividade. É como se fosse uma criança que age somente guiada por seu impulso. O ego, por sua vez, pode ser considerado um meio termo, pelo qual o indivíduo é capaz de sintetizar seu instinto com a possibilidade de realização em seu ambiente. Por fim, o último, que é o superego, está preocupado com uma conduta extremamente correta que visa muito mais a moral do que o prazer.
O filme, dessa forma, retrata quais as conseqüências a quem perde-se no caminho do id. O casal apresentado no vídeo são escravos de suas próprias ações. Colocam-se numa atitude de seres que se entregam a uma força que os impulsionam. É interessante observar que a certa altura do enredo a mulher põe-se na posição de um animal, presa a uma coleira e andando de quatro. Seu instinto a conduz a um estado de fora de si que lhe faz apenas utilizar-se da palavra para dizer que estava com fome.
Portanto, percebe-se em O porteiro da noite que o problema está nas pessoas não saberem controlar seus instintos e se entregarem totalmente a eles. Sem dúvida, o meio termo é a luta que deveria ser travada rumo a uma vida mais saudável e feliz. A pessoa não pode fazer somente o que quer e deduz ser o melhor, bem como, não pode ter discursos moralistas a espera de uma perfeição humana utópica. Ela precisa ser dotada tão somente de bom senso.


*texto elaborado a partir do filme O porteiro da noite

sexta-feira, 18 de abril de 2008

CONFERÊNCIA DO PROF. DANIEL SOBRE PSICANÁLISE



VÍDEO GRAVADO EM SALA DE AULA SOBRE PSICANÁLISE, COM O PROF. DANIEL OMAR PEREZ, E PRODUZIDO PELO GRUPO DO 3º ANO DE FILOSOFIA DA PUCPR 2008 - DEVIR PRODUÇÕES

CADERNO DE ATIVIDADES (PSICANÁLISE)











O Dever em Kant*

Antonio M. dos Santos
Charles F. Gomes
Edimar Moreira
Izaquiel M. Evaristo
Tiago E. do Vale Santos



A filosofia kantiana trouxe à história filosófica contribuições inestimáveis. Em todo aparato deixado pelo filósofo alemão, diversas abordagens foram formuladas ao longo do tempo. Tal fato aconteceu também com a mestranda em filosofia Sônia, que tem como tema de pesquisa A natureza humana e o fim que são dever em Kant. Ela, em seu estudo, busca mostrar como Kant aborda a questão do dever.
Segundo a exposição de Sônia, tendo como base, além de seus conhecimentos, parte do texto da obra A metafísica dos costumes, a virtude para Immanuel Kant é a força moral da vontade do ser humano no cumprimento de seu dever. Dessa forma, o filósofo aponta a virtude como um contínuo progresso, pois, objetivamente considerada, ela é ideal e inatingível.
Outro ponto relevante em tal explanação é a de que a vontade do homem é determinada por sua ação. Alcançar a lei moral, por sua vez, é o objeto da ação. Porém, não é ação moral uma ação que vise retorno, caso contrário, se tornaria um interesse desvirtuoso. Para que o homem não seja só animal, mas também racional, é necessário compreendê-lo com sua própria razão moral.
Também, vale recordar da importância, nesse contexto, da universalização da ação por meio da razão. Para uma ação virtuosa ser válida, ela precisa ser universal. Existem coisas que não podem ser universalizadas, pois ferem a racionalidade do ato. O imperativo categórico é a condição para efetuar o julgamento.
Dessa forma, segundo Sônia, para Kant, o qual entende que o único fim do homem é ele mesmo, o homem tem o dever para consigo mesmo de alcançar o máximo de perfeição que puder. Mas, também, cabe a ele contribuir para a felicidade dos outros, desde que ela não se contraponha à lei moral.
Portanto, nota-se que é de grande relevância o estudo da mestranda Sônia acerca do dever em Kant. Tal conceito, em meio à temática da virtude, pode trazer à comunidade acadêmica grandes contribuições.
No que concerne a uma atualização, esse ponto trás inúmeras indagações, como, por exemplo, a de se, de fato, o ser humano tem buscado fazer boas ações sem ter em vista uma retribuição ou ainda, noutra perspectiva, refletir se não pode estar havendo uma banalização daquilo que é virtuoso, dada a confusão muitas vezes feita entre aquilo que é universal e aquilo que é costume.
*Texto elaborado a partir da apresentação em sala de aula do projeto de pesquisa da mestranda Sônia, tendo como tema A natureza humana e o fim que são dever em Kant.

Conservar a vida: para quê?*

A vida do homem é marcada por muitos enigmas. Quem criou o mundo? O que dá ordem ao Universo? Todos eles são de grande relevância, porém há outra que persuade enormemente a o ser humano: a morte. O filme A vida de David Gale apresenta o personagem David Gale que está no corredor da morte para cumprir sua pena. Nessa situação podemos nos perguntar: pode um ser humano ter direito sobre a vida do outro? Nunca se buscou tanto conservar e prolongar a vida, porém ao mesmo tempo se quer destruí-la.
Constantemente o homem está lutando. Luta a cada milésimo de segundo perseguindo sua meta: manter a vida. Desde a concepção o indivíduo naturalmente quer viver. Entretanto, a criança não consegue se manter viva se não for com a ajuda dos que cercam. Tecnologias mega avançadas são pensadas ardorosamente com o objetivo de atendê-las.
As condições psico-bio-sociais, todavia, levam esses mesmos seres humanos que tanto a humanidade torceu para se manterem vivos, a uma condição de criminalidade e atos que ameaçam a vida de outras pessoas. Na maioria dos casos, os delinqüentes são sujeitados a duras penas podendo até serem perpetuas, em outros casos, entretanto, encontram na aplicação da pena de morte a saída.
Decidir acerca do direito de viver de uma pessoa tem uma implicação ética muito profunda. A ética para Enrique Dussel, por exemplo, é tudo o que defende, produz e reproduz a vida. Assim torna-se inconcebível a morte que não seja natural. Todos têm direito a vida e cabe as instituições de poder defendê-la.
Portanto, não se deve ser hipócrita ao ponto de dizer que não se deve mais lutar para salvar vidas, pelo contrário. Porém, não basta apenas salvar recém-nascidos, é preciso também conservá-los, tanto para evitar que os indivíduos ingressem no crime, bem como, caso cometam, que lhes sejam dados o direito de se reintegrarem socialmente. Tal solução, até parece, de fato, utópica, porém, não pode deixar de ser pensada.
*Comentário elaborado a partir do filme A vida de David Gale






segunda-feira, 14 de abril de 2008

O cumprimento lei moral e a religião*

A história da filosofia é marcada por centenas de pensadores, porém poucos, como é o caso de Kant, deixaram um arsenal conceitual filosófico tão rico. É nesse vale de novidades filosóficas que marcaram uma época que o graduando Jorge Vanderlei da Conceição, participante do PIBIC pela PUCPR, se aventura com o tema A impossibilidade da natureza humana e o cumprimento da lei moral. Em tal pesquisa o estudante tem como objetivo principal demonstrar que a antropologia pragmática kantiana é uma antropologia moral.
Em Kant, para Conceição, não existe uma lei normativa que simplesmente manda o homem cumprir a lei moral, mas sim há um terceiro momento na lei kantiana que é o cumprimento da lei moral. Nessa perspectiva são apresentados os dois momentos de tal moral. No primeiro está a dedução do imperativo categórico e no segundo a sensificação da lei moral. Porém, é num outro momento que se encontra a simbolização da lei moral. Essa última, que se encontra na terceira crítica kantiana, já trás presente a idéia estética, ou seja, de bom ou de belo, como símbolos morais. Ele, o estudante, também coloca como essencial, o elemento da cultura que o filósofo trabalha a certa altura de seus escritos em analise conjunta a lei moral. Esse ponto, dessa maneira, é dividido pelo autor em três faces, sendo elas a religião, a estética e a cultura, sem se esquecer que eles já são interligados, fazendo assim com que os símbolos da vontade ajam sobre o símbolo da cultura do sujeito.
Portanto, percebe-se que esse denso trabalho a ser desenvolvido poderá trazer interessantes descobertas, tanto para o autor, quanto para aqueles que estão a sua volta. A validação de pesquisa para concluir se o pressuposto de que a antropologia pragmática é uma antropologia moral, poderá levar a reflexão de como se articula a sensibilidade do ser racional e o cumprimento da lei moral

*Artigo elaborado fundamentado na explanação em sala de aula do graduando, participante do PIBIC, Jorge Vanderlei da Conceição

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ó culpa! Para onde irei, para onde fugirei!


O ser humano é assolado cotidianamente com o sentimento de culpa. Tal sentimento pode ser oriundo desde o deixar de ceder o lugar no ônibus para uma senhora idosa, até o fato de ter matado uma pessoa cruelmente. Essa realidade de sentir-se culpado, que perpassam também inúmeras correntes filosóficas, é evidente na história da salvação cristã tanto com Judas Escariotes quanto com Pedro. É possível tal verificação tendo por base os polêmicos filmes A Paixão de Cristo e A última tentação de Cristo.
Numa perspectiva moral, ao que parece, pode haver dois grandes causadores da culpa. O primeiro trata-se de sentir-se culpado dado o julgamento das outras pessoas sobre a atitude incorreta. Essa situação, persiste, sem dúvida junto a conduta de muitas pessoas. Por outro lado, no segundo causador, mesmo que o individuo livre-se desse sentimento por esse meio, ele não poderá enganar sua consciência. Mesmo que ninguém o diga, ele sabe por si só que é culpado.
Portanto, fica claro que tanto no caso de Judas que trai, quanto em Pedro que nega, não é Jesus quem acusa, mas eles próprios se condenam. Relata a história, que Judas quando se arrependeu, viu no suicídio a única forma de liberta-se da agonia que lhe afligia. Em relação a Pedro, por sua vez, sua libertação é buscada no choro. Assim, o julgamento do homem está nele mesmo que não concebe-se perdoado por Deus.
Texto elaborado a partir dos filmes A Paixão de Cristo e A última tentação de Cristo.

A lei moral e uma religião racional

Vídeo sobre o trabalho de pesquisa do aluno Jorge Vanderlei C. da Conceição, do 5º período de Filosofia da PUCPR, cujo tema trata da possibilidade de uma religião racional derivada da moral pura, de acordo com Kant.